Manter a simplicidade na forma é receita que não costuma errar. Diante de um vasto terreno e um orçamento enxuto, a dupla Eduardo Sáinz e Lilian Glayna, parceiros no escritório brasiliense 1:1 arquitetura:design, decidiram erguer uma caixa de concreto de tamanho comedido, mas capaz de transbordar beleza e praticidade.
A fachada principal tem uma faixa de aço corten que, além de realçar a entrada, diminui a presença do sol no espaço. Amplas portas de vidro contornam a casa e deixam o ar circular livremente pela construção de 65 m², deixando o vento fresco entrar e dirigindo o olhar para o verde do jardim.
Por dentro, os dois quartos dividem espaço com uma área social integrada com espaço para o estar, jantar e uma cozinha gourmet. Neste cenário, as poltronas Juliana, de Aristeu Pires, recebem os convidados para as refeições e dividem as atenções com a chaise Leme, criação de Alfio Lisi pensada para cantos de leitura e contemplação.
Mas nem tudo se concentra na base neutra da cor do cimento queimado. A marcenaria desenhada pela equipe de arquitetura concentra um forte tom de amarelo, que realça as estampas discretas do porcelanato com ares de ladrilhos hidráulicos. Quando escurece, o projeto de iluminação destaca as janelas horizontais que acompanham o desenho da casa e o aspecto escultural do paisagismo em evolução.